4 de nov. de 2010
ATROPELAMENTOS
E eis que, na semana da pré-estreia do aguardado Véu de fumaça da minha amiga Kiel, fui vítima de um acidente de trânsito. Mais uma cena da vida desenfreada de uma metrópole que ainda não sabe o que fazer para solucionar a verdadeira zona em que se converteu a questão do transporte. Eu, de bicicleta na calçada, fui atingido por um carro que foi atingido por um outro carro que atingiu uma mulher e foi atingido por um táxi que foi atingido por um ônibus que teria atropelado algumas pessoas na calçada. Acho que isso é a prova maior de que estamos todos envolvidos nesse assunto. De nada adianta olhar a questão só pelo lado dos ciclistas sem ciclovia (muitas vezes uns chatos radicais), dos usuários do transporte público (com infraestrutura ainda insatisfatória), dos donos de carro (folgados muitas vezes, mas que realmente perdem mais tempo parados do que em movimento)... Alguma mudança só vai começar a acontecer quando todos se conscientizarem de que as suas ações têm reflexo no outro e vice-versa. E, para isso, precisamos mais do que de educação e leis mais rígidas. Acho que é falta de amor o problema!
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