Um dos meus assuntos preferidos, muitos já sabem, é a arte de nomear as coisas. A criatividade humana (ou a falta dela, em muitos casos, talvez a maioria) é algo realmente fascinante. E esse assunto pode se estender pelos mais diversos campos, muitos deles totalmente abstratos, como, por exemplo, a partir de que momento ficadas constantes passam a se chamar namoro.
Mas também me surpreendo com nomes de programas de televisão, de objetos (ainda mais quando consigo encontrar similitudes ou oposições entre os idiomas), de pessoas (ninguém se esquece de uma Marilândia, professora de português)... Sem falar que conheço um cara que trabalha numa famosa loja de decoração e é responsável por inventar aqueles nomes bizarros de cores, como rústico dijon, old marrom, deserto e camelo, estas duas últimas com-ple-ta-men-te diferentes entre si.
Antes de viajar pra Itália, ainda na época do planejamento do itinerário, me surpreendi com a quantidade de nomes tirados sem dó nem piedade das cidades da Bota para batizar qualquer coisa. E olha que não estou falando exclusivamente de pizzarias e restaurantes de comida italiana. Além de Spoleto e Livorno, tem Arezzo, Siena, Monza... Sem falar na infinidade de nomes como Modena, Torino e Verona para roupeiros e cômodas vendidos nas lojas do populacho. Aliás, nesse mesmo segmento, não são só as cidades italianas que reinam, mas todo e qualquer lugar europeu. Quem nunca viu por aí uma propaganda de saldão do sofá Málaga? Ou seria uma linha de cozinha? Se bem que tem também a caríssima poltrona Barcelona, vendida nas lojas mais sofisticadas. Outro dia vi ainda o guarda-roupa Ibiza, das Casas Bahia. Até pensei que seria este um excelente presente pro Lucas! Certamente sairia bem mais em conta que uma semana na ilha espanhola... Mas aí, acho que o móvel teria de vir com uma pequena adaptação, pois o Lucas merece!
Eis a minha versão de presente para ele:
24 de nov. de 2009
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Um comentário:
Nesse armário eu fico!!!!!
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